|
|
|
wquarta-feira, maio 28, 2003 |
|
|
|
Vazios são os dias do ano
O mais certo é não saber a quantas ando
não saber que dia é hoje
não saber sequer o ano.
Trago comigo a ignorância,
um vazio das coisas vazias
sem a mínima importância.
Meto-lhe mão e encontro-me
a mim.
posted by
Tomás at 10:50 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Comentários, donativos e convites para despedidas de solteiras para:
tiomas@yahoo.com
posted by
Tomás at 10:07 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
A não perder: Revista Intelectu número 8.
Os artigos deste número são:
- Eu, Eu mesmo e Autoconsciencia, de Jônadas Techio
- Será a distinção analítico-sintético um dogma?, de Aires Almeida
- Matrix, cepticismo e o valor da realidade , de Desidério Murcho
- Termos para Espécies Naturais, de Adriana Graça
- Introdução à Filosofia da Mente e do Conhecimento, de Sofia Miguens
- Intentions in Action, de Victor Moura
- A Relação entre Linguagem e Pensamento, de André Abath
posted by
Tomás at 10:03 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
E agora para algo completamente diferente - Se quiserem acompanhar um pouco dos meus estudos de filosofia, podem fazê-lo no meu blog Via da Verdade.
O primeiro autor a ser apresentado é Wittgenstein, um filósofo primordial da filosofia analitica.
Wittgenstein publicou a sua primeira obra, o Tractatus Logico-philosophicus, em 1921. Convencido que com ela dizia tudo o que havia a dizer acerca da filosofia, retirou-se e tornou-se jardineiro num convento. As florzinhas devem-no ter inspirado pois cerca de 20 anos mais tarde voltou a dedicar-se à filosofia, desta vez para desconstruir tudo o que havia dito no Tractatus. Nas Investigações Filosóficas, obra póstuma publicada em 1953, Wittgenstein apresenta-nos uma concepção revolucionária de filosofia com uma abordagem completamente nova à Filosofia da Linguagem e uma original Filosofia da Mente.
posted by
Tomás at 9:55 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Fusão ou União?- Porque é que os apoiantes da fusão Porto, Matusas e Gaia não se batem antes por uma maior união entre estes municipios?
Uma não implica necessariamente a outra.
posted by
Tomás at 1:05 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
A frase do dia II - Classificação Internacional: Porto segue em 9º, Boavista em 52º e sporting em 97º. Benfica é o 205º. in Público Qua.28 de Maio.
O Glorioso continua a dar-me imensas alegrias.
posted by
Tomás at 1:00 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
A frase do dia I - "I used to spit, but not anymore, since we are paying a lot more attention to ordinary hygiene. You wait and then use a tissue when you have to spit."
LU XIUFENG, 68, on the Chinese effort to stop the spread of SARS.
Tradução Instantânea, à la José Rodrigues dos Santos - "Eu usava para escuspir, mas não nunca mais, desde que nós estamos pagando muito mais atenção à higiene ordinária. Você espera e usa um tecido quando você tem que escuspir."
posted by
Tomás at 12:53 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Tenho mantido uma interessante discussão com o Tiago Barbosa Ribeiro, editor da revista ZonaNon. Reproduzirei aqui alguns trechos da mesma:
TBR - Pela postura [do TomaZ], já patente nas suas tomadas de posição aquando de outras mensagens, facilmente se depreende a esfera ideológica da sua argumentação. Sem desconsideração pelo seu enquadramente conservador, atentemos então nalguns pontos em cima da mesa. (...)
Paira no ar o aforismo reaccionário de Adlai Stevenson (1900-1965): «A altura própria para parar uma revolução é no seu princípio e não no fim». TomaZ subscreveria. A batalha por uma justiça equitativa para todos/as não pode canibalizar direitos e garantias a soldo de um imbecil constragimento de «segurança» que sempre se invoca quando a eficácia democrática cede lugar à arbitrariedade de Estado. Fale claro quem clama rigor. (...)
TomaZ persiste numa credulidade beata sobre as boas intenções dos nossos grandes senhores e a fabulosa construção retórica dos conceitos de politização da nossa justiça. (...) Em Portugal, a OPA lançada pela Direita sobre os Sistemas de Informação ainda é aceite por alguns como a necessidade de «cortar certas liberdades» para conseguir identificar as manobras dos «inimigos» - rostos vários para uma mesma dissidência intelectual. Como se os juízes e os instrumentos de independência judiciária não estivessem hoje periclitantes perante as posições ocupadas por uma massa conservadora e indistinta em postos-chave de um reduzido xadrez. (...)
O discurso de TomaZ tem a falha fatal de ceder na vigilância democrática para a complexificação de uma prática cidadã que não podemos estar dispostos a desguardar. Porque - já alguém o disse - em certas alturas o crime de pensar é a própria morte.
Colocada: Qua Mai 28, 2003 11:55 am Mensagem:
--------------------------------------------------------------------------------
Caro Tiago, bom texto.
Não vou aqui perder-me em considerações sobre se o meu posicionamento ideológico é mais conservador ou liberal, porque isso simplesmente não interessa. Procuro, dentro do possivel, posicionar-me perante os problemas sem qualquer carga ideológica prévia e tento analisar os problemas um a um. A minha formação em filosofia assim mo ensinou. Não descarto qualquer tomada de posição por ela ser tradicionalmente conservadora, ou liberal (não sou de modo algum tradicionalista).
Falas na segurança como se esta fosse um anátema, uma espécie de "bicho papão" dos outros direitos e garantias, nomeadamente da liberdade. Mas repara que se eu não tiver segurança para passear na minha cidade à noite, não tenho também liberdade para o fazer. Eu vivo no Porto, e se não vou passear à noite a certas zonas da minha cidade não é por nenhum "imbecil constrangimento" como tu falas. Seria um imbecil, isso sim, se o fizesse.
Bom senso, é o que é necessário, para equilibrar estes valores tantas vezes contrários.
O bom senso que, parece-me, não tem sobrado pelas bandas socialistas, nos últimos dias (como também não sobrou ao PSD/PP no caso "Cruz Silva", de Águeda), o bom senso que tem faltado a todos aqueles que andam a confundir o normal funcionamento da justiça, com inexistentes crises democráticas.
O que é que queres dizer quando dizes "a eficácia democrática cede lugar à arbitrariedade de Estado"?
Dizes que não há neste momento em Portugal uma real separação de poderes? Ou que não deve haver essa separação?
Sabes certamente que o poder judicial não é um "poder democrático". E ainda bem, pois se o fosse Carlos Cruz nem sequer seria julgado.
O poder judicial está acima da democracia, controla-a. E ainda bem, pois democracia, hoje em dia é sinónimo de populismo, publicidade e fenómenos de massa, e pouco tem a ver com valores essenciais como a verdade e a justiça.
Dizes: "TomaZ persiste numa credulidade beata sobre as boas intenções dos nossos grandes senhores e a fabulosa construção retórica dos conceitos de politização da nossa justiça."
Digo: Tiago, não sei quem são esses "grandes senhores" de que falas. Os juizes? Sim acredito nas suas boas intenções, e é um facto que temos uma classe jurídica muito bem formada. O mesmo não se pode dizer da classe política, jornalistica, etc. Confio mais nestes que nos "grandes senhores" da democracia. Seria um imbecil se não o fizesse.
Quanto à politização da justiça, se te referes a um aproveitamento político de acontecimentos jurídicos, acredito que esse aproveitamento exista, pois conheço os politicos que temos.
Se, por outro lado, te referes à intervenção ou manipulação da politica no juridico, gostaria que fundamentasses essa tua opinião (procura fazê-lo com exemplos de casos concretos e não meras suposições abstratas, a centes em teorias da conspiração obscuras), pois nada me leva a pensar que isso (neste caso a que nos reportamos) tenha acontecido.
posted by
Tomás at 10:11 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wterça-feira, maio 27, 2003 |
|
|
|
Rui Moreira Defende Fusão do Porto, Gaia e Matosinhos - Com este artigo ficamos a saber que o DPB já criou um lóbi pelo Grande Porto (como é que se vai chamar essa nova cidade? Gaia e Matusas não se importam de perder o nome?) e que o Público já tem a secção Loca-Porto on-line.
posted by
Tomás at 1:23 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Mais um artigo do "tripeiro" Pinto (vê lá se te lembras da password para eu deixar de servir de intermediário):
Guerras de Alecrim e Manjerona - Uma visão iluminada teve hoje, dia 26/05, o vereador da CMP Rui Sá, ao defender uma “lógica de complementaridade entre as ribeiras do Porto e Gaia”, de forma a que as “duas ribeiras sejam encaradas como margens do mesmo rio”. Isto é muito ao encontro do que eu defendo, da existência de apenas uma cidade que una “As cidades do Porto”. A evolução de ambas as cidades não pode ser encarada como uma mais valia sobre a outra, mas o que pode acontecer é exactamente isso. Qualquer assunto é bom para se dizer mal, e assim qualquer coisa a mais numa das margens é assunto de discórdia entre as populações.
“As guerras de Alecrim e Manjerona entre as duas cidades não conduzem a lado nenhum” – acrescentou Rui Sá. É unindo as cidade e a falar a uma só voz que a AMP terá impacto internacional forte, e não com estas divisões concelhias sem nexo.
Se o Rio Douro pudesse falar, com certeza que não escolheria uma margem em detrimento da outra, e trataria as duas como iguais, como complementos, como partes da mesma cidade. Rui Sá poderá dar um apoiante importante da união das “Cidades do Porto”.
posted by
Tomás at 1:18 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
O Iluminado Diogo Pinto Barbosa enviou-nos este texto que se quer o primeiro de uma prometida participação regular aqui no Folhetim:
AS CIDADES DA SOCIEDADE - Quando se fala no Porto, não se sabe bem do que se está a falar. Isto em termos territoriais e meramente físicos, pois quando se fala em personalidade Portuense, estamos perfeitamente cientes do que ela significa e do que ela representa.
A sociedade portuense evolui e transbordou para alem das suas fronteiras físicas. Aquilo que se conhece por “Cidade do Porto”, não é mais do que o centro da cidade propriamente dita. A cidade é na realidade diária das pessoas um conjunto de cinco, onde não se sabe onde começa uma e acaba outra, onde não se sabe quais as ruas que pertencem a cada cidade, mas onde o sentimento de ser Portuense é o mesmo e o amor à cidade igual. Falo então das “cidades” do Porto, Gaia, Maia, Matosinhos e Gondomar.
Estava já na altura de pensarmos numa união, de forma a que o Porto seja um, onde as diferenças tendam a desaparecer, onde a união faça realmente a força. O orçamento dos municípios seria somado e obras poderiam ser feitas onde são realmente necessárias, investimentos executados onde agora são necessários mas os custos são avultados demais. Uma visão global sobre as cinco cidades em vez de uma visão afunilada sobre uma ou outra cidade (continuando a usar estes termos) seria o que melhor poderia acontecer para esta grande área metropolitana. Numa altura em que se fala em União Europeia, onde se tenta de tudo para unir os povos e criá-los de uma forma tolerante e com empatia, não faz sentido que aqui à porta de nossa casa ainda se continue a dividir, a diferenciar pessoas e o local onde elas vivem, quando vivem dentro da MESMA cidade.
Trata-se de unir para vencer e crescer, e não dividir para se diluírem problemas e os obstáculos cairem no esquecimento. Uma cidade unida é um cartão de visita, é uma lufada de ar fresco, uma novidade que iria atrair muita gente, muitos investidores e que faria o Porto andar na boca do mundo, como das primeiras cidades a vencerem a barreira burocrática que se enraizou na sociedade ocidental, onde para tirar um dente é necessário preencher N impressos. Porto e Gaia já foram a mesma, proponho que se comece por ai. Temos um bom exemplo a seguir em Budapeste, onde a união de duas margens criou aquela que é hoje uma cidade conhecida mundialmente.
Como é natural, o numero de problemas aumenta, mas ao mesmo tempo se diluem no tamanho e no maior numero de pessoas. Neste momento Gaia poderia fazer parte da cidade que é o centro do norte de Portugal e uma referencia na Galiza, e o Porto seria o concelho com o maior numero de praias com bandeira azul. Teríamos uma economia com um potencial muito maior, não haveriam estas disputas entre margens para obras a sair ou entrar nas pontes, o maior clube de futebol do Porto teria o centro de estágios dentro da cidade, e Gaia teria um clube vencedor da Taça Uefa.
A união, a harmonia e a tolerância nunca magoaram ninguém, enquanto que as divisões o fazem todos os dias.
Diogo Pinto Barbosa
Diogo, para isso tudo que defendes já existe a Área Metropolitana do Porto.
posted by
Tomás at 1:15 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wsegunda-feira, maio 26, 2003 |
|
|
|
Hoje não vou blogar mais. Está um gajo a destruir-me um Porta-Aviões e está a começar o Daily Show.
posted by
Tomás at 11:07 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
E quando as pequenas coisas nos correm mal? Pequenos acontecimentos e azares que isolados passam despercebidos e juntos estragam-nos o dia. Até podemos estar a atravessar um momento particularmente feliz das nossas vidas, tudo está a correr bem, mas de que nos serve toda essa felicidade conquistada quando, por um erro de cálculo, saímos de casa com uma camisola de lã no dia mais quente do ano, e por baixo levamos uma t-shirt demasiado coçada de lençois e cama para poder ser exibida? Temos de levar com aquele casaco de ovelha durante toda a canícula.
Depois tentamos comprar o jornal em 3 tabacarias e duas estão fechadas, na terceira o jornal que queremos está esgotado e não há uma quarta num raio de 15 km.
Com o Diário de Noticias debaixo do braço atravesso um jardim a caminho da minha biblioteca favorita (Serralves), julgo que aí encontrarei finalmente o sossego que procuro desde que saí de casa e, eis se não quando, começam os aspersores de rega a funcionar, fico todo ensopado, o jornal que não queria comprar mas teve que ser porque o que queria comprar estava esgotado, ensopado também e a biblioteca encontra-se fechada porque é segunda –feira (MERDA!)
Alguns espíritos menos persistentes teriam desistido e rumado para casa, ou para o colo da mamã para uma sessão de consolação e choro. Não eu, meus caros, não eu. Mantive-me firme na minha intenção de ler o jornal e acabar o livro sobre Wittgenstein, como um verdadeiro Iluminado insisti, encontrei um pequeno café onde me sentei, corri o empregado da minha frente com um grunhido, e escrevo-vos este desabafo enquanto as roupas secam estendidas em cima dos candeeiros do estabelecimento. Ainda por cima aqui têm o Público.
Ah, como é bom viver.
posted by
Tomás at 4:26 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Comentários, donativos e convites para despedidas de solteiras para:
tiomas@yahoo.com
posted by
Tomás at 12:13 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Um Verdadeiro Iluminado- Eduardo Lourenço dixit: A verdade é esta: nunca tive a pretensão de ter qualquer tipo de existência minimamente interessante ou válida. (...) Eu nasci para não fazer nada!E é engraçado, nunca me aborreci.
Se haviam dúvidas, dissiparam-se agora. O autor do Labirinto da Saudade é um verdadeiro Iluminado. Considerado por muitos um pensador rebuscado, um escritor ilegível e um pós-moderno arrogante, Eduardo Lourenço pensa e escreve e isso basta-lhe.
posted by
Tomás at 12:02 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wdomingo, maio 25, 2003 |
|
|
|
No Fórum de discussão da revista ZonaNon, o João Pedro Freire, editor da Tribuna Socialista, escreveu o seguinte sobre o recente "ritmo acelerado de produção da justiça", que já fez algumas vítimas no seu partido.
- "Entre alegadas práticas pedófilas, corrupções autárquicas e fiscais desenvolve-se, nos media, algo muito estranho. Parece que, de um momento para o outro, a Justiça do chamado Estado de Direito entrou em ritmo acelerado de produção. (...) O chamado Estado de Direito não se preocupa em fomentar a participação consciente das pessoas. Tem como único objectivo fabricar cidadãos que se ficam pelo direito de consumir, consumir e consumir. Sem mais! (...) Em nome da "luta contra o terrorismo" já se cometeram atropelos que cheguem contra as liberdades democráticas e os direitos individuais. Sem que os resultados concretos dessa luta possam ser considerados positivos.
Seria bom que o combate a práticas pedófilas ou outras semelhantes não servisse para se cometerem mais atropelos aos direitos democráticos e ás liberdades.
O déficit de participação de cidadãos conscientes e com capacidade critica e a falta de qualidade da democracia criam, isso sim, espaço(s) para as situações que hoje nos são mediatizadas!"
Caro João, pareces esquecer (mas acredito que o fazes propositadamente, e por motivos políticos) o facto de as situações que referes (prisões preventivas no âmbito de um inquérito em curso - como tal, em nada ilegais) não serem "obra" dos cidadãos pouco participativos de que falas no teu texto. Estes apenas se limitam a emitir juizos de valor sobre o processo, os acusados, as vítimas, etc., e têm todo o direito a fazê-lo
.
A mim parece-me que a mediatização deste caso só seria prejudicial se essa mediatização afectasse o desempenho dos juizes. Não tenho motivos para acreditar que isso esteja a acontecer (e tu parece que também não, ou pelo menos não os mencionas no teu texto), o que só abona a favor dos ditos juizes. Felizmente temos boas universidades de direito em Portugal, e como tal é natural que também tenhamos bons juristas. O mesmo já não se pode dizer das escolas, politécnicos, institutos de ciências sociais e universidades duvidosas de onde sai a maior parte da classe política portuguesa, e que, sobretudo vindos do teu partido, têm tido uma actuação vergonhosa nos últimos dias.
Certamente que não te falta a capacidade crítica que dizes que não é apanágio dos cidadãos portugueses, só te falta saber usá-la convenientemente. Esta é boa altura para dizer, a ti e aos teus: Sosseguem-se!
posted by
Tomás at 5:53 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Ao catálogo de objectos em extinção, poderiamos também acrescentarr um catálogo de objectos ou coisas que desejaríamos que se extinguissem:
Das nossas florestas, os incêndios; dos telemóveis, os toques polifónicos em particular, e todos os outros toques em geral; Da face da terra, os pacifistas, os belicistas, os terroristas e os carteiristas; Do nosso quarto à noite, as melgas e os mosquitos; Da televisão, o novo programa do Nicolau Breyner, e já agora juntá-lo aos pacifistas, aos belicistas e aos carteiristas no voo charter para Plutão; Dos cafés e das esplanadas , os filhos dos domingueiros, os pais dos filhos dos domingueiros, e todas aquelas pessoas que não estão a ler um livro - jornais não contam, Rua!; Das Mulheres , a celulite, o telemóvel e a inteligência.
O facto deste catálogo de objectos ou coisas que desejaríamos que se extinguissem ser muito maior que o catálogo de objectos em extinção só prova que a evolução humana não é necessáriamente para melhor.
posted by
Tomás at 1:00 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wsábado, maio 24, 2003 |
|
|
|
Só lendo - O artigo do Santos Silva no Público de hoje é um exemplo de como ser parcial, tendencioso e demagógico. Está cheio de falsas verdades e argumentos claramente falaciosos e idiotas. Só lendo, mesmo!
Na fronteira do rizivel com o rídiculo está também o discurso do Manuel Alegre (o poeta mais rico de Portugal, a seguir ao Graça Moura) a tocar a rebate os sinos das hostes socialistas, sedentas de um novo 25 de Abril que os valha!
posted by
Tomás at 7:43 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
manifesto sobre os livros ou porque é que os livros deverão resistir à extinção anunciada.
os livros enormes com milhares de palavras desnecessárias
que se vão diversificando em inúmeras nuances
tem carácter divertido
mais do que
informativo
os livros formidáveis são uma expressão típica
do nível ingénuo do pensamento
o pensamento funcional
nos livros
é reduzido a informação
na forma mais breve possível
Mangelos, 1978
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Que leitura fazem deste manifesto?
Quanto a mim, o que Mangelos pretende dizer é que os livros conseguem resistir à mudança que actualmente se verifica de uma organização emocional ("ingénua") da sociedade, do pensamento, etc., para uma organização funcional (inteligente, tecnológica, etc.) dos mesmos.
Penso que Mangelos vê os livros como "os últimos Moycanos" das emoções."
eu por exemplo, como escrevi em baixo, ando numa "cura termal" pois estava-me a arriscar a ter alguma coisa como um aneurisma informacional!
posted by
Tomás at 7:33 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
A Cura Termal - A minha amiga Sofia Slot queixou-se ontem, num animado encontro de Iluminados no Bar Labirinto, que o nosso grupo de discussão anda um bocado por baixo - eufemismo para "nada se passa".
É certo que as grandes expectativas criadas à volta de tão pretencioso nome (Os Iluminados - aqueles que tudo sabem) pode contribuir em parte para alguma desilusão face aos resultados apresentados. No que a mim me toca, confesso que estou a fazer uma espécie de cura termal de excesso de informação, cura essa que justifica a minha baixa produtividade iluministica .Ultimamente tenho vindo a afundar-me numa enormidade de mails, listas de discussão, fóruns, jornais, revistas, sites e blogs (blog...blog...blog...).
Como viram, não referi livros. Pois é, há quase duas semanas que não leio um livro a sério, há mais de um mês que não reservo uma manhã inteira para uma sessão de terapia poetica, os exames estão à porta e tenho deixado a filosofia no quintal do esquecimento.
Alguma coisa tem de ser feita, ou corro o risco de me transformar num objecto acéfalo, acrítico e esponjiforme na eminência de desaparecer no meio de tanta e tanta informação.
Vou limitar ao mínimo indispensável os blogs que visito (Abrupto, Coluna Infame, Blog de Esquerda, A Janela Indiscreta e pouco mais), os jornais e revistas que leio (Público, DN, NYT, Znet, ZonaNon, Arts & Letters Daily) e o resto do meu tempo dedicarei àquilo que gosto mais: poesia, filosofia, amor e sexo.
Abraços Iluminados
posted by
Tomás at 1:06 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
O catálogo de objectos em vias de desaparecer continua a ser actualizado. A Cristina, da Janela Indiscreta , fala, e com razão e muita pena minha, dos livros, revistas e jornais em papel. De facto, estes só resistem por causa de alguma aversão geracional aos ecrãs dos computadores.
80% dos jornais que leio faço-o pela internet, acredito que mais de 80% daquilo que a proxima geração vai ler (incluindo livros) estará também na internet.
As potencialidades são imensas, como por exemplo ter toda a nossa biblioteca, ou ter todas as bibliotecas do mundo, imagine-se, à nossa disposição para leitura imediata num qualquer e-book mais leve que um livro!
Não há cabeça (ou pelo menos há muito poucas cabeças) que aguente tanta informação, pelo que suspeito que outra coisa que tenderá a desaparecer nas próximas gerações é esta nossa vontade imensa de aglutinar a maior quantidade possivel de conhecimentos. Esta busca incansável, típica do homem actual, não nos trará a felicidade e quando percebermos isso voltaremos ao "velho esquema" de um livro de poemas e um bloco de notas num banco de jardim!
posted by
Tomás at 9:22 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Pacheco Pereira in Abrupto:
"A redução da campanha eleitoral ao futebol é típica de quem entende Portugal como um país do Terceiro Mundo .Infelizmente muita gente que vive hoje num estado de grande excitação com os eventos recentes é mesmo do Terceiro mundo . Cabeça leviana e de “pensamento débil” , não lê e não se interessa vivamente por nada , nem por coleccionar selos , nem jardinagem , nem pintar modelos de aviões , nem por fazer jogging aos domingos . Ou vivem numa pasmaceira ensonada , vitimas de tudo e de todos ; ou zangados com o mundo todo , a começar no colega de trabalho e acabar nos “políticos” .
O futebol eles percebem . É simples , uns ganham outros perdem , basta contar os golos . Que três é maior que dois ainda faz parte da matemática que se ensina nas escolas . Depois percebem aqueles ânimos exaltados de uns contra os outros , as zangas e as reconciliações , toda aquela barulheira que enche a primeira meia hora dos noticiários televisivos , as mentiras , as peripécias , os cheques que deviam ter entrado e não entram , os negócios imobiliários de milhões , as “chicotadas psicológicas” , soberba designação .Pelos vistos também percebem aqueles exércitos ululantes , vestidos na mesma cor , que agarrados às grades e ao arame farpado em que estão enjaulados , chamam coisas amáveis à mãe dos árbitros e cuja virtude o Estado homenageia pondo lhes um pelotão de policia de choque à frente .
Os órgãos de comunicação social de massas , em particular as televisões , com destaque para a “pública” , acham que este mundo é o mais importante que há e os rios de palavras e imagens que lhe dedicam em horário nobre iriam da Terra a Plutão , numa estimativa conservadora . Mentores e espelho deste terceiro mundismo , os órgãos de comunicação social criam um poderoso centro de gravidade de que dificilmente se escapa instituindo como importante o que é irrelevante , e impedindo qualquer voo para além desta simplicidade asinina mas espectacular , sanguínea , e grandiloquente . Muita gente pensa que Portugal pode ser reduzido a esta imagem e semelhança , mas não é este o pais porque me bato ."
Para mais informações sobre este fascinante desporto vide Futebol in Dicionário Iluminados
posted by
Tomás at 9:18 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wsexta-feira, maio 23, 2003 |
|
|
|
Breaking News- O juíz do caso Casa Pia enganou-se quanto a Pedro Pedroso. O jovem deputado está indiciado como vítima de pedofilia e não como pedófilo.
posted by
Tomás at 9:28 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wquinta-feira, maio 22, 2003 |
|
|
|
A ressaca ainda é grande e presente, a vontade de escrever é pequena e difusa, apenas vos digo:
PUUUUOORTOOO!!
posted by
Tomás at 11:47 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wterça-feira, maio 20, 2003 |
|
|
|
Catálogo de objectos efémeros - uma iniciativa de JPP (versão Abrupta)
O Pager, ou Bip – O Bip ocupa certamente o posto de “o objecto mais efémero da história.” Desapareceu como surgiu, num “bip”.
O bip era exasperante, dava-nos ordens imperiosas que não podíamos recusar por estarmos impedidos de responder. “Estou à tua espera no café do costume. Vem cá ter.” E bem que podíamos estar a meio de um transplante de coração, a assaltar um banco, ou a impedir com a força dos nossos braços a derrocada iminente de um prédio de habitação social, não importa, lá tínhamos nós que deixar o coração na mesa de operações , o saco de notas no balcão do banco, dezenas de famílias desalojadas, tudo isso só para irmos tomar o tal cafezinho com o nosso amigo, e rápido porque “o meu médico deu-me 15 minutos de vida”, “não tenho dinheiro para pagar a conta”, ou “tenho que resolver uns problemas lá no bairro.”
Ter um bip é pior que ser mudo, ao menos os mudos têm a linguagem gestual para comunicar.
Darem-nos um bip era como obrigarem-nos a fazer um voto de silêncio no meio de um grupo de animados tagarelas. Quem nos oferecia um bip só podia estar a gozar connosco:
- “Blá, Blá, Blá... E tu, não dizes nada?” – diziam, rindo-se entre dentes da nossa insuficiência técnica para comunicar.
- “Mmm Mmmm MMMMM!” – murmurávamos nós desesperados.
É preciso ter um carácter muito especial para se ter um bip. Só quem se está definitivamente a marimbar para os outros pode ter um: “Sim, sim. Bem que podes ficar à minha espera.”; “Fala para aí, fala, a ver se eu te respondo.”
Só uma pessoa muito egoísta, um mal educado sem respeito nenhum pelos outros é que pode ter, hoje em dia, um bip. Os resistentes aos telemóveis, “os ainda detentores de bip´s” devem certamente formar um grupo à parte, uma data de rezingões que se reúnem semanalmente em sede própria a contar todas as suas tropelias e manigâcias contra nós, como a quantidade de amigos que deixaram a secar, ou a falar sozinhos, etc.
Os “ainda detentores de bip´s” só merecem receber mensagens do género:
“Tenho 2 bilhetes para a final de Sevilha. Se não me ligares nos próximos 30 segundos telefono ao João, QUE TEM TELEMÓVEL!”
posted by
Tomás at 10:46 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Enquanto o Dicionário Iluminados descansa um pouco, aqui vai uma ideia
avançada pelo nosso eurodeputado bloguista (com g) JPP: fazer um catálogo dos objectos que estão a
desaparecer à nossa volta.
O Telefone de Casa - decididamento o 618... está fora de moda, e dava
imenso jeito pois servia para fazer uma localização geográfica
aproximada das nossas amizades.
No meu caso, a maior parte dos meus amigos era 618, 617 e poucos 619 (no
secundário eram 68, 67 e 69) aos quais correspondia as zonas chiques da
Foz, Nevogilde, Gomes da Costa e Boavista (antes da Rotunda).
Dava imenso jeito ter umas amigas nos 817´s, ou nos 200´s (Massarelos e
Antas) pois significavam que não eram betinhas e chocas dos colégios
privados, mas jovens da escola tecnico-profissional mais dadas a
aventuras sexuais sem compromisso.
O telemóvel tirou-nos essa orientação espacial fundamental. Não é de
estranhar que a maior parte das pessoas quando fala ao telemóvel a
primeira coisa que pergunta é: "Onde estás?" Queremos "apalpar" o mais
possível o nosso interlocutor, e o espaço de incerteza que os 91´s, 93´s
e 96´s deixam é do tamanho de Portugal, ou mais ainda se for activado o
Roaming.
TomaZ
posted by
Tomás at 12:54 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
A nossa conversa sobre a dicotomia existente entre a direita e a
esquerda ficou um pouco “pendurada”, pelo que pretendo nos próximos
mail´s aprofundar um pouco o tema, atingir algum consenso e talvez, quem
sabe, gerar mais polémica.
A direita e a esquerda: à procura de diferenças, valores e famílias
I – Diferenças
A meu ver, a direita é geralmente mais pragmática que a esquerda, sendo
esta mais discursiva, teórica e por vezes utópica! (obviamente este
utopismo não foge a alguma direita como a fascista ou a nazi)
Já é um lugar comum afirmar que na actualidade somos constantemente
atacados pelo discurso pós-moderno. Este discurso relativista, irónico e
por vezes niilista, está presente nas artes, na literatura, no ensino
(na filosofia sei-o por experiência própria), até mesmo na ciência
(principalmente nas ciências humanas como a antropologia e a sociologia)
e, como não podia deixar de ser, na política.
A direita, talvez por força do seu tradicionalismo, conservadorismo e
pessimismo face ao homem e ao mundo em geral tem, a meu ver, conseguido
fugir a esta retórica relativista que nas últimas décadas terá
encontrado refúgio seguro nos esconsos do pensamento de alguma esquerda.
Este “bluff” da esquerda (uma mescla de pacifismo e igualitarismo,
liberalismo, justiça social e liberdades individuais – tudo metido
indiferenciadamente no mesmo saco) não é fruto de uma estupidez
congénita, da mesma forma que as certezas da direita (uma mistura de
tradicionalismo cego, conservadorismo bacoco e populismo demagógico)
não resultam de uma maior inteligência.
O relativismo exacerbado da esquerda consola o espírito nivelando todas
as diferenças ao grau zero do “tudo vale”, enquanto que os valores da
direita tranquilizam a inteligência com as suas pseudo-verdades para
consumo interno.
Segue-se uma tipologia do valores da direita e da esquerda e as
diferentes famílias políticas de uma e de outra corrente.
A direita e a esquerda: à procura de diferenças, valores e famílias
II - Valores
Procurarei em seguida superar a dicotomia
esquerda/direita nos seus moldes populares, afastando
de uma vez por todas as conceptualizações
simplificantes: direita e esquerda não se reduzem a
"ricos e pobres", "fascistas e estalinistas",
“católicos e maçons", "amantes do fado e das touradas
e festivaleiros da festa do avante.” Tais conceitos
são simples e passam bem na televisão (mais um
argumento a favor da Semana Iluminada sem Televisão),
no entanto anulam o pensamento crítico, ou antes
anulam o pensamento, ponto final.
Existem, no entanto, certos padrões (psicológicos,
históricos, antropológicos, etc.) que separam
claramente as águas da direita e da esquerda.
Procuremos esses padrões.
Num outro mail, referi que ao “pessimismo
antropológico” da direita se opõe o “optimismo
antropológico” de esquerda, como característica básica
de duas cosmovisões radicalmente diferentes. A
distinção não é minha mas de Hobbes, e não pretende
insinuar que não existem optimistas de direita nem
pessimistas de esquerda, mas antes, que na base das
filosofias políticas de esquerda está a crença na
bondade natural do homem, e na base das filosofias
políticas de direita está a crença na maldade natural
do homem. Desta crença básica parte a tese política central de
direita que afirma que o homem (mau por natureza) só
pode ser corrigido pela sociedade, e a tese política central
de esquerda que acredita que a sociedade corrompe o
homem, que este vive melhor quanto mais próximo
estiver do seu estado puro de (suposta) liberdade
absoluta.
Para o optimismo da esquerda terá contribuído a
mitologia do “bom selvagem” dos artistas românticos, a
euforia dos grandes ideais da Revolução Francesa e a
vontade (talvez utópica) dos homens em mudarem um
mundo injusto e cruel.
Para o pessimismo da direita terá contribuído a
experiência histórica de que os homens perdem a sua
intelectualidade e qualquer vestígio de bondade inata quando
agem em grupo ou em massa, a tentativa de defesa dos
seus privilégios por parte das classes mais
favorecidas, isto tudo aliado alguma propensão psicológica ou cultural
para um pensamento mais pragmático, mais realista e
menos idealista ou utópico. – qualquer uma destas
hipóteses é, obviamente, controversa e merecia ser
aprofundada.
Para terminar gostaria de indicar as duas obras onde,
a meu ver, radicam historicamente estas duas posições,
respectivamente a esquerda e a direita:
Uma é “O Contracto Social” do Rosseau (editado em
Portugal pela Europa America, naqueles livrinhos
de bolso nojentos mas baratos) e a outra é “O Príncipe” do
Maquiavel (da Guimarães Editores, com prefácio do
Mussolini!!)
Em outra altura analisarei as ideologias, as
propostas e as respostas aos problemas concretos,
propostos tanto pela esquerda como pela direita.
Talvez aí possamos perceber as consequências práticas.
deste dois pontos de partida teóricos que aqui analisamos
TomaZ
posted by
Tomás at 12:22 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wdomingo, maio 18, 2003 |
|
|
|
Moment of Zen - Quem plagia um plagiador tem 100 anos de perdão? Ou não?
posted by
Tomás at 11:20 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wterça-feira, maio 13, 2003 |
|
|
|
Musculação - enquanto a musculação tem M de Macho, e tem como sinónimos "malhar ferro", "bulir aço" "arrebentar fibra", etc., já a Ginástica tem G de Gay, e é sinónimo de "suar as estopinhas", "todos juntos ao ritmo da música" e "calçãozinho de lycra enfiado no rabo."
O argumento do maior número de gajas na Ginástica é falacioso, pois uma gaja mais suada do que eu, não é uma gaja... é outra coisa qualquer... intocável. Ugh!
posted by
Tomás at 4:12 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Massagem - doem-me os dedos; que posição incómoda; vou-lhe desapertar o sutien; como é que consigo que se vire de barriga para cima?; isto já dura há demasiado tempo; já acabou o óleo jonhson; devia ter atacado há 30 minutos atrás; adormeceu; será que o Sexy Hot ainda está descodificado?
Megalomania – Mania que se tem a pila grande. O megalómano típico passa os dias a alardear barbaridades como “Não há preservativos para o meu tamanho”, Ninguém me ganha ao monopólio” e “The infidels are commiting suicide by the undreds at the gates of Bagdad”Quando passam, os megalómanos típicos deixam atrás de si um rasto de incontinentes gargalhadas. “Never!”
Maria – A playboy portuguesa. Publicação celebrizada pelo seu consultório sentimental, onde se encontram pérolas como “Usei as cuecas em que o meu avô se masturbou. Serei bisavó do meu filho?”; ou “Atirei um Tampax para o mar. Serei responsável pela cor vermelho-acastanhada dos peixes da lota?”
Moura guedes, Manuela – Uns descomunais lábios carnudos que anunciam mamadas de primeira água, entram-nos inquisitivos pelo televisor adentro: “Você sabe quem eu sou? Você sabe quem eu sou?”
posted by
Tomás at 3:43 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Resumo do artigo: Sociólogo ou politico do BE - Fátima... Fátima, não sei onde é. Só sei que não é aqui.
Conferência na FLUP: "Os caminhos cruzados da produção intelectual e da intervenção política", com Paulo Rangel e João Teixeira Lopes.
Paulo Rangel propôs uma nova trilogia de valores para substituir o tríptico de 89. Os novos valores pós 11/9 deveriam ser:
Diversidade, uma espécie de síntese da Igualdade com a Liberdade, ou como a igualdade significa verdadeiramente o direito à diferença;
Solidariedade - em substituição da velhinha e inócua Fraternidade, tradicionalmente virada para valores demasiadamente altos e difusos - em que se considera o cuidar do outro como um valor social fundamental;
Segurança, como defesa da liberdade dos cidadãos, especialmente nos moldes de sociedades em que o risco é uma categoria social evidente (quer o risco de ameaças externas, como o terrorismo, quer o risco interno, como a criminalidade).
Paulo Rangel estava em terreno minado. A Faculdade de Letras do Porto é um reconhecida antro de radicais de esquerda, e como esta conferência era organizada pelo curso de sociologia (tudo filhos do prof. Teixeira Lopes) e olhando para os “colegas” que enchiam o anfiteatro, sentei-me mesmo junto a uma saída de emergência pois tinha como certa a hipótese de um atentado à bomba. No fim da sua intervenção, talvez por precaução, Paulo Rangel deixou no ar a ressalva de que qualquer que seja a ideologia política que se tenha, o “pensar politicamente” é essencial para evitar totalitarismos.
Nada a fazer, daqui para a frente não mais se falou de produção intelectual (lembram-se do título da conferência?), o que se seguiu foi o habitual chorrilho de chavões políticos por parte do deputado/professor, devidamente alcochoado pelo séquito que o aplaudia da plateia. Falou dos movimentos sociais, e inclusivamente reconheceu a apropriação politica por parte do BE destes movimentos tão contraditórios entre si, falou do lugar político que estes movimentos e os indivíduos particulares estão a conquistar devido às novas tecnologias da informação (blogs??), o que só pode levar à conclusão (e esta conclusão é minha e não do JTL) de que o populismo e a demagogia ameaçam tirar, se é que já não tiraram, o lugar das ideologias e da produção intelectual nas encruzilhadas da intervenção política.
Uma referência para as intervenções dos sociólogos de serviço, que nesta conferência conseguiram mostrar-me de que é que se fala, quando se fala de relativismo pós-moderno. Fala-se de nada, fala-se de um vazio de ideias, de um medo de assumir posições que não sejam (ora vejam só) demagógicas e populistas, que não ponham de um lado os pobrezinhos, os drogados e os arrumadores, e do outro os burgueses classe média que tanto odeiam(Édipo fala por eles?) e que não grite “FASCISTAS”, mal ouvem a palavra Segurança.
Todo este relativismo, todas estas dúvidas e incerteza ficaram muito bem esclarecidas numa frase do próprio Teixeira Lopes: “não sei qual é o caminho, só sei que não quero ir por aí.”
Ou seja, se nos perdermos no caminho, sociólogos e politicos do BE não são as pessoas ideais para se pedir informações:
Eu - Ó amigo, desculpe lá, eu sei que está numa manifestação pela liberdade religiosa e não o queria incomodar, mas para Fátima, é por aqui?
Sociólogo ou deputado do BE – Fátima... Fátima, não sei onde é. Só sei que não é aqui.
posted by
Tomás at 9:25 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wsegunda-feira, maio 12, 2003 |
|
|
|
Ganda Mário - Quer-me parecer que os meus colegas encontraram aqui um valioso lóbi contra a incorporação compulsiva de jovens recém licenciados em filosofia na promissora carreira de caixas dos Modelos, Continentes e Pingos Doces deste nosso país.
Diz Mario Pinto no Público: "O nosso tempo necessita drasticamente de mais e melhor filosofia. E portanto de mais e melhores filósofos."
Já imagino uma foto do prof. Agostinho da Silva de dedo em riste, afixada na minha aula de Ontologia com os dizeres: Jovem filósofo, precisamos de ti
posted by
Tomás at 11:44 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Dicionário Iluminados
Letra M
Misticismo - Não sei bem o que é porque acho que sou realista. Por exemplo, hoje quando um amigo meu quis subir à Torre das Antas e planar até Cuba, eu disse-lhe: "Não faças isso, Jorge Nuno, vamos ser realistas. Aproveitemos umas daquelas promoções, do tipo Havana 8 dias, 7 noites - 450€ que é bastante mais seguro." E o meu amigo que, como eu, é um ultrarealista que gosta de sentir o chão onde pisa disse: "Está bem."
Os meus momentos místicos resumem-se a uns paus de incenso para tirar o cheiro a cholé do quarto, e a umas gargalhadas ao ler os anúncios dos gurus, pais de santo e macumbeiros nos classificados do JN: Prof. Mangu Kubangu - Acredite em mim que eu aceito cheques e visa.
posted by
Tomás at 11:20 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Moment of Zen - Queres escrever uma carta de amor e tens medo de parecer ridículo?
Bate uma pívea e não penses mais nisso.
posted by
Tomás at 11:04 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Hoje no Porto esteve um dia de verão frio.
De manhã no Jardim de Serralves li "Verão sobre o Corpo" do Eugénio de Andrade. Límpidos como a manhã de hoje, os seus versos empurraram-me lânguidamente para a canícula do wittgenstein, pela tarde, na biblioteca.
"Esta noite preciso de outro verão sobre a boca crescendo nem que seja de rastos... Como se houvesse um incêndio de giestas para atravessar, eu não dormia... Falo de um verão sobre o corpo, um ácido gravando na pele a minuciosa flor do centeio... Retirar-te do teu litoral, louco por arder."
posted by
Tomás at 10:48 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Aquilo que procuramos
Nunca está onde procuramos.
No bolso errado,
Na mulher errada,
No curso errado do rio
Da cidade errada.
E sempre que nos perguntam pela coisa procurada,
Simplesmente dizemos: Nada
posted by
Tomás at 8:24 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
O Blog Where is Raed, que antes da guerra foi um enorme sucesso na blogosfera, voltou a estar operacional.
posted by
Tomás at 8:19 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Bem... isto está a ficar muito estranho.
Agora foi o blog Fumaças (Charutos, Política, Poesia, Prazeres - que combinação genial)
que nos indica como um blog "a seguir", ao jantar?
A ver se não desiludimos a malta.
Abraços.
posted by
Tomás at 8:18 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Meus Caros Iluminados, a mais importante base de dados de blog´s em
Portugal - http://blogo.no.sapo.pt/interesse/interesse.htm - deu três
estrelas, três, ao nosso Folhetim Iluminados.
Isso, meus caros, equipara-nos ao Palace Hotel da Curia, ao Hotel de
Vidago, ao Hotel Boa-Vista e a muitos outros "hostales" em que temos
direito a àgua quente, toalhas para o banho, sabonetinho personalizado,
etc...
E tendo em conta que com a mesma classificação estão os Blog´s do José
Mário Silva (que escreve aos sábados no suplemento do Diário de Noticias
- ver Escrita Automática) e outro chamado A Cagada, só podemos concluir
que essas estrelinhas precisam de ser actualizadas.
Pois tendo em vista um futuro upgrade do nosso Blog, aqui vai uma
"almofadinha extra": http://viadaverdade.blogspot.com/
Abraços, TomaZ
posted by
Tomás at 12:14 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wdomingo, maio 11, 2003 |
|
|
|
Casamento no castelo de Montemor-o-Velho
Eles de jeans e t-shirt justa, muito justa, outros de fato preto, sem gravata e t-shirt preta, muito preta, por baixo do casaco, sapatilhas brancas, muito brancas.
Elas, todas elas, são gordas, muito gordas, de vestidos cor-de-rosa acetinados, muito acetinados. As mais velhas delas de carnes bamboleantes à volta dos tornezelos a transbordar dos sapatos muito pequeninos, 2 ou 3 números abaixo é que é elegante.
As omnipresentes criancinhas das alianças, todas elas são criancinhas das alianças, mesmo aquelas que, para desgosto dos pais de t-shirt preta, não form escolhidas para meninas das alianças.
No meio de todo este barroco até o céu azul plácido e a cegonha a sobrevoar o castelo indiferente me parecem pirosos. E ainda nem vi os noivos, imaginem...Ah, esperem, ali estão eles a tirar fotografias em cima da relva.
Muito bonito, muito.
posted by
Tomás at 11:27 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Letra G
Ginástica- Onde os ricos vão buscar os músculos que os pobres ganham na
construção civil. Descanso do cérebro. Os nossos avós faziam-na de roupa
interior branca e, depois de se barbearem, iam fabricar os nossos pais.
Graça - Ser de graça é uma sorte, e é de certeza mau.
Ter graça é uma virtude e é diferente de ter piada. O Fernado Rocha tem
piada, mas não tem graça. O Herman José já teve graça, a Maria Rueff tem
muita graça, o Camacho Costa nunca teve graça.
Ter graça é uma delicadeza do espírito, por esse motivo, o MEC tem muita
graça e o rui Unas não tem graça nenhuma.
Há uns dias um amigo disse-me que os informáticos não têm sentido de
humor. Conheço uns que o têm, outros que não, mas um computador (ou
alguém com inteligência computacional) nunca poderá ter graça. Poderá
eventualmente ter inúmeras piadas com graça, até as poderá contar de uma
maneira engraçada, mas nunca terá graça nenhuma, e será sempre um chato
ao jantar que interrompe a conversa com as últimas piadas de almanaque
que lhe introduziram na base de dados.
Tenham cuidado Iluminados ao escolherem a vossa profissão:
os informáticos, os contabilistas, os pedreiros, os polícias e os
militares dificilmente têm graça. Os artistas e os desportistas nunca
têm graça.
Já os advogados, os políticos, os médicos, os jornalistas e os
jardineiros poderão eventualmente ter graça.
Góticos - Invadiram Portugal há muitos séculos e inventaram a arte
gótica. Hoje, na mesa de café à minha frente, um casal de namorados
góticos vestidos de preto, lêem livros góticos de capa preta (ou será ao
contrário?). Surpreendentemente, quando abrem a boca, não falam de
gárgulas e vampiros, de tatuagens e piercings nos mamilos. Não,
pasmem-se, são gente como nós, um pouco mais idiotas, e que apenas não
gostam de sol.
posted by
Tomás at 7:19 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Letra H
Heineken - 25 cl. Lager Beer Premium Quality, que me ajudou a passar a
tarde em Montemor-o-Velho, aturar um casamento de paninhos de véu de
noiva nas antenas dos carros buzinantes, e agora arrefece um pouco o sol
que me bate em cheio na cara - graças a deus pelos óculos escuros -
amplia a música ambiente e já está no fim -"Venha outra!"
Holandesas - As vacas holandesas são melhores que as portuguesas. Têm as
mamas maiores e dão mais leite. "Outra Heineken Brewed and bottled in
Amsterdam, se faz favor!"
Letra I
Indigente - Quem, eu? Aquele que não faz nada. Estudo da preguiça,
associado ao egoismo, ao egocentrismo, ao hedonismo, ao niilismo, ao
amor pelo sol, pelos cafés e pelos livros, numa palavra, pelas
esplanadas. Quando tem dinheiro, o indigente consciencioso, substitui de
bom grado os café por litros de cerveja, no entanto, nunca prescinde do
sol.
Não fazer nada é um estado de espírito, e a indigência é uma das Belas
Artes que, depois dos 25, e por razões de variada ordem, começa a ser
quase impossível de praticar.
Iluminados - Grupo de antigos animadores das colónias de férias para os
filhos dos trabalhadores do jornal "A Capital" que, impedidos
judicialmente de continuar a exercer a sua vocação de torcionários de
seres humanos imberbes, resolveram formar uma equipe de ciclismo que
boicotasse com furos o pelotão da Volta a Portugal. Descobertos os seus
infames intentos, foram expulsos antes mesmo que a roda da bicla do seu
capitão tocasse o asfalto.
Desiludidos, tentaram o suicídio e não conseguiram. Então, tornaram-se
Funcionários Públicos e à noitinha encontram-se em animadas tertúlias
cibernáuticas. "Do ciclismo ao cibermundo" é a sua divisa.
TomaZ
posted by
Tomás at 7:19 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
o nosso homem bala, o Fred, notou uma falhas nas letras B e C. Aqui vão as suas adendas:
Ainda a Letra B...
Benfiquistas - Seita de enorme poder que revela um enorme fanatismo por
um clube ultrapassado que dizem ter sido grandioso. Acreditam em tudo o
que lhes dizem e continuam perfeitamente convictos que o Benfica (Ver
Benfica) é o melhor clube do mundo. Utilizam os meios de comunicação
para passarem mensagens sem significado aparente e seguem a doutrina das
vitórias morais.
Têm as suas próprias regras e são imunes às leis estatais.
Letra C
Carapau - peixe pequeno que deve ser comido frito e com arroz de
qualquer coisa... É o primo mais velho da petinga; (de corrida) pessoa
com tendências megalómanas que se sente o centro do universo, como por
exemplo os benfiquistas (ver benfiquistas).
Carago - palavrão disfarçado, muito utilizado no norte, e que serve para
dizer e explicar tudo: Expressar dor (Carago aleijei-me), insultar
alguém ( O carago do gajo já me anda a chatear), elogiar alguém (O
carago da gaja é boa como o milho), etc.
Caca - Merda disfarçada.
Cocó - O mesmo que caca
Cicciolina - Mulher de talentos inúmeros que fascinou e seduziu os
homens pelo mundo fora na década de 80. Realizou um sem número de filmes
de qualidade onde contracenou com patos, coelhos, cavalos, etc. Chegou a
deputada do parlamento italiano passando por cima de toda a gente (e por
baixo também). Algumas fontes revelaram que é uma mulher muito religiosa
chegando mesmo a participar num presépio de Natal onde fazia o papel de
gruta. (sem comentários)
Catarina Furtado - fantoche televisivo, totalmente desprovido de
inteligência que utiliza decotes para conquistar audiência.
Sem mais,
Frederico"
posted by
Tomás at 7:18 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wquinta-feira, maio 08, 2003 |
|
|
|
Dicionário Iluminados
Letra F
Futebol - fascinante desporto, por vezes violento, onde 20 jogadores
correm atrás de uma bola enquanto 2 descansam.
Escola que educa analfabetos preparando-os para uma vida de
multimilionários. Diz-se por aí que os seus dirigentes, alguns ilustres
adeptos e políticos são propensos a lobis imobiliários, mas a verdadeira
razão desse interesse é a construção de prédios altos à volta dos
estádios por forma a assistirem aos jogos sem pagar bilhete.
No caso de alguns clubes, como o FCP, a equipe é um exército e os seus
jogadores são soldados que lutam pela independência de uma região. As
suas vitórias são celebradas na rua como se de uma vitória de libertação
se tratasse, com a euforia, não de quem ganha, mas de quem vê os outros
perder.
O Porto é uma nação, o FCP é campeão, e que não salta é lampião e é
fuzilado.
O Pinto da Costa é o seu Buda bélico, com um exército de superdragões
(ver Fanáticos) dispostos a matar, ou pelo menos espancar, comerciantes
de meia idade.
Fanáticos – gente calma e civilizada que gosta de celebrar as vitórias
do seu clube de forma ordeira e pacífica. Respeitam os adversários a
quem, tirando um ou outro acidente, têm até agora poupado a vida.
Exímios cantores corais com apetência para áreas marciais e que exaltem
belos sentimentos patrióticos e de pertença a um grupo de semelhantes.
Fanfarra – palhaços com tambores que precedem em parada majoretes de
coxa grossa e sem sentido rítmico.
Folia – último recurso de quem já só fodia. Reformados e viúvos atirados
para um salão de baile dos bombeiros onde dançam e jogam bingos de
beneficiência, e onde folem toda a noite com as pernas das majoretes da
fanfarra, e com a voz de autómato assexuado da menina das bolas: “Um,
número um; dois, número dois; três, número três dias para quinares.”
França, A - o Portugal dos pequeninos. 1 milhão de anões lusitanos,
técnicos de lavagem de pratos e limpeza de vãos de escadas, além de
especialistas em desastres de automóvel.
Em agosto afunilam em Vilar Formoso, onde sob um sol escaldante se
empaturram de pasteis de bacalhau que empurram a goles de cerveja ou
compal de pêssego, pêra se não tiver, e descem a IP5 como loucos em
bêémes alugados. Normalmente morrem na primeira curva. Os que sobrevivem
festejam a vida forrando as paredes das suas casas com os azulejos da
casa de banho.
Depois dos casamentos cola-se-lhes a cara à buzina só descolando na
viagem de regresso, já só nos Pirinéus franceses. Entretanto,
impossibilitados de ver a estrada, morrem mais uns quantos entre
Portugal e a Espanha.
Felattio – nome de um jogador de futebol italiano, que se pintou de
preto e mudou de nome para Bóbó (ver bóbó) quando veio jogar para o
Boavista.
Freitas do Amaral – Quem? – Freitas do Amaral – Ah! Junto com Mário
Soares, é a versão branca e ridícula do Rumble of the Jungle”, o célebre
combate de boxe que opôs Mohamed Ali a Joe Frazier. Ameaça ir ao tapete
já em 2006.
TomaZ
posted by
Tomás at 2:40 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Rui Rio não quer receber o FCP no dia da festa do título, e suspeito que
se preparava para o receber no dia seguinte (dia 2) a contragosto.
E depois? Porquê tanto barulho à volta de um assunto que não interessa
nada. Desde o inicio do seu mandato que R.R. se quis distanciar do
futebol, a meu ver bem.
Acho que as pessoas devem começar a olhar para a câmara, para o seu
executivo e para os políticos em geral como pessoas e entidades que
existem para nos servir, para administrar a cidade e o país, e não para
alimentar (alimentando-se) de sentimentos básicos de euforia desportiva,
confundida a mais das vezes com bairrismos primários.
Não tenho nada contra esses sentimentos tão humanos, eu também os tenho,
mas deixem-nos estar onde eles devem estar, junto às pessoas. Não lhes
queiram dar o valor que não têm, nem a importância que não merecem.
As bancadas dos estádios de futebol já servem bastante bem o seu oficio
de expurgar frustrações, para que querer alargar o purgatório aos salões
da câmara municipal?
A sede do clube recreativo não será suficiente?
TomaZ
posted by
Tomás at 1:27 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Rui Rio não quer receber o FCP no dia da festa do título, e suspeito que
se preparava para o receber no dia seguinte (dia 2) a contragosto.
E depois? Porquê tanto barulho à volta de um assunto que não interessa
nada. Desde o inicio do seu mandato que R.R. se quis distanciar do
futebol, a meu ver bem.
Acho que as pessoas devem começar a olhar para a câmara, para o seu
executivo e para os políticos em geral como pessoas e entidades que
existem para nos servir, para administrar a cidade e o país, e não para
alimentar (alimentando-se) de sentimentos básicos de euforia desportiva,
confundida a mais das vezes com bairrismos primários.
Não tenho nada contra esses sentimentos tão humanos, eu também os tenho,
mas deixem-nos estar onde eles devem estar, junto às pessoas. Não lhes
queiram dar o valor que não têm, nem a importância que não merecem.
As bancadas dos estádios de futebol já servem bastante bem o seu oficio
de expurgar frustrações, para que querer alargar o purgatório aos salões
da câmara municipal?
A sede do clube recreativo não será suficiente?
TomaZ
posted by
Tomás at 1:27 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wdomingo, maio 04, 2003 |
|
|
|
Dicionário Iluminados VI
Letra C (cont.)
Casamento - Ritual de Castração Pública. fim da masculinidade. Inicio
de
um sonho povoado de electrodomésticos e prestações do carro.. Fim do
sexo sem hora marcada. altruísmo à força. Jardim do Éden rapidamente
materializado num T2 nos subúrbios. Resta esperar pela indiferença e
por
uma reforma tranquila.
Crítica - quer-se inteligente, mordaz, certeira, irónica e
bem-humorada.
A crítica deve ser sempre desconstrutiva mas nunca mal-educada. Uma
crítica construtiva não é uma crítica. É outra coisa qualquer: um
oxímoro que serve apenas para bajular e sermos diplomatas naquilo que
temos para dizer.
Crianças - produtores incansáveis de gritos estridentes. pequenos
demónios que os pais não controlam e, como tal, deveriam ser entregues
ao estado para serem devidamente educados em rígidos colégios internos,
guardados intra-muros por homicidas condenados.
Sabotadores de tardes de ócio, terroristas de jantares, bombistas
homicidas de fins de tarde bucólicos e Bin Ladens da mesa do lado.
Parasitas contestatários, praga interminável e omnipresente.
Argumento a favor da pena de morte
Letra D
Domingo - Impedido de trabalhar, os níveis de actividade de um
português
médio reduzem-se neste dia às funções básicas de respirar, comer e
dormir.
Democracia - Raros domingos em que o português médio alia às funções
básicas de respirar, comer e dormir, o dever cívico de votar.
Deus - erro judaico-cristão. Paga as contas de inúmeras paróquias e
seitas religiosas várias. Quem sabe da sua existência não tem que lhe dar um nome, nem tem que perder tempo com liturgias inúteis. Sabe-o e isso chega-lhe.
Alto-falante da nossa consciência colectiva, com algumas interferências bem localizadas. Vago murmúrio ancestral que julgamos que diz exactamente aquilo que queremos ouvir. Velho solteirão barbudo, viciado nos dados, e de quem se diz que bateu uma pivea à 17 mil milhões de anos e pariu o mundo.
Letra E
Eros - Orgia dos sentidos. Cantor Italiano com nome de "pasta". Canal
codificado acessível apenas aos fracos de espírito e fortes de verga.
No
futuro é erosão, no cinema ilusão e ao vivo dá tesão.
Empata - Quem não fode nem sai de cima. Camafeu baixinho, gordo e
borbulhento que a gaja que queremos comer insiste em ter como amiga
inseparável. X no totobola.
Europa - Equivoco político liderado pelos EUA. Mulher madura e
esquizofrénica, matrona de uma família disfuncional com um vasto
historial de violência doméstica, alcoolismo e drogas duras. Recorre à
prostituição para sobreviver e à religião para se absolver.
Espanha - Portugal que fala alto e mata touros. Apenas se lembram de
nós
quando olham para o espaço em branco no mapa da Península Ibérica do
boletim meterológico.
Uma série de importantes derrotas militares não lhes apagou o ímpeto
conquistador, apenas os fez mudar de táctica.
Em vez do exército, enviam agora Zaras, o Corte Inglês e Bancos.
posted by
Tomás at 7:10 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
wsábado, maio 03, 2003 |
|
|
|
Manifesto Iluminados + Reacções da Imprensa + Convite à Participação
UM IDIOTA PREGUIÇOSO CONTINUA A SER SEMPRE UM IDIOTA! E UM PREGUIÇOSO
INTELIGENTE É ALGUÉM QUE REFLECTIU ACERCA DO MUNDO EM QUE VIVE. NÃO SE
TRATA, POIS, DE PREGUIÇA. É TEMPO DE REFLEXÃO. E QUANTO MAIS PREGUIÇOSO
FORES, MAIS TEMPO TENS PARA REFLECTIR. - A.C.
+
Reacções da Imprensa
"As acções deste grupo auto-intitulado "Os Iluminados" há muito que
ultrapassaram o domínio da fé. A sua crença na liberdade do pensamento,
o desrespeito a que votam as nossas regras
- não só juridicas (lembro que os seus associados, todos juntos, devem 3
mil triliões de euros e meio ao fisco, mais do que a fortuna que o Tio
Patinhas guarda na sua caixa forte, além de não pagarem as cotas do seu
próprio "Clube"), mas também éticas, morais e de trânsito-
é de todo contrária ao rumo que a humanidade deve (e de facto se tem
esforçado por) levar." - DN, 29 de Outubro de 2002
"O esforço que este grémio de intelectuais acratas tem desenvolvido no
sentido de descodificar as mensagens subliminares que nos esforçamos por
enviar através dos nossos políticos, televisões, jornais, livros e
programas de entretenimento, com vista à implantação da autoridade e à
universalização da submissão, tem de ser considerado PECAMINOSO,
CRIMINOSO, MENTALMENTE PERIGOSO e como tal, TEM DE ACABAR! Não se trata
de uma conspiração de Maquiavélicos, mas de uma conspiração de Imbecis"
- Excerto do relatório secreto anual da MOSSAD, escrito em colaboração
com alguns neurocirurgiões em representação dos melhores hospitais
psiquiatricos do sul do país.
+
Caros membros: Como puderam ler, a imprensa tem verborreado as maiores
iniquidades sobre este nosso "JARDIM". Sinal da imbecilidade geral que
nos rodeia, a incompreensão a que estamos votados indica também que o
caminho até agora traçado é o correcto.
Prossigamos então a viagem iniciada pelos nossos antepassados de épocas
barbáricas, quando estes ulularam os primeiros esboços de linguagem,
formularam os primeiros pensamentos abstractos, desenharam nas rochas
obras de arte que ainda hoje nos impressionam. A Abolição da Estupidez
já esteve mais longe. Contamos com as vossas colaborações neste nobre
empreendimento essencial. Essas colaborações, poderão ser textos (vossos
ou não), links sugeridos, artigos interessantes, recensões de livros
discos e filmes. Tudo pode entrar neste "Jardim dos Caminhos que se
Bifurcam", com a condição de poder ser esboroado criticamente por todos
os listores.
Abraços, TomaZ
posted by
Tomás at 9:04 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Dicionário Iluminados V
Letra C
Cães- Tomara a muitos ter a sua vida.
abandonados viram vira latas, bem tratados têm muita lata.
Existem duas raças de cães. Os que comem merda, que se distinguem dos outros por ter muito mau hálito,
e os que não comem merda, que se distinguem dos outros por ter muito mau hálito.
Coca-Cola- A primeira é muito mais cara que a segunda.
Juntas, ficam muito mais baratas que as duas em separado e ainda ganham bolhinhas.
TomaZ
posted by
Tomás at 1:37 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Dicionário Iluminados IV
Letra B (cont)
Big Bang – Ao que parece, tudo começou aqui. Neste ponto começou a vida e com a vida começou a morte. Esta semana já fui a dois funerais, outros mais se adivinham e eu culpo, por isso, o Big Bang.
Benicio del Toro – Este nome, pronunciado com o sotaque adequado, é livre trânsito para a cama de qualquer loiraça mamalhuda engatada no Via Rápida, ou até mesmo no Chic (ver também Canavarro, Calabrese, Joaquim Fominhas e Pedrito Portugal).
Boa com´ó milho – Equivalente lusitano de pleased to meat you. Quando precedido da segunda pessoa do singular do verbo ser, é normalmente acompanhado de um estalo. Nas obras é utilizado por trolhas empreendedores para enrijecer o cimento e lubrificar a betoneira. Um grupo de gourmês mais exigentes querem aperfeiçoar a expressão, alterando-a para “És boa como o Salmão”.
Barbeiro – Local da mais alta metafísica, proibido a carecas, homosexuais e kanteanos. O barbeiro tem sempre razão. Esta infalível estatística deve-se, sem dúvida alguma, ao facto de o digno profissional ter sempre uma lâmina afiada na mão, encostada à nossa carótida. Ainda está para aparecer um barbeiro de esquerda.
posted by
Tomás at 1:28 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Uma valiosa contribuição para o nosso Grandioso Dicionário Iluminados, by the Iluminati António Melo (o nosso clínico):
Letra B
(parte II, dedicada a secreções, excreções e excrementos...)
Benfica: o último dos mitos.
Bisga: uma das palavras que dá mais gozo dizer, logo a seguir a vaca
com
pronúncia nortenha ("aquela ganda baca!" - hmmm... que delícia!);
escarreta;
esputo; expectoração; escupe.
Burrié: molusco comestível; vulga catota, ranheta amadurecida; o
verdadeiro
burrié, quando carinhosamente tratado entre os dedos polegar e
indicador, e
moldado nos bucólicos jardins de Serralves, também pode constituir uma
obra
de arte (ainda que contemporânea) digna de competir, em beleza, com as
fezes
do Tomás.
Ora nem mais, caro Melo. Se bem que as minhas fezes, quanto menos contemporâneas forem, mais belas ficam...
Venham daí mais letras!!
posted by
Tomás at 1:17 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wsexta-feira, maio 02, 2003 |
|
|
|
Escandaloso: Cuba foi reeleita para a Comissão dos Direitos do Homem,
é de hipocrisias destas que é feita a ONU, onde países democráticos convivem alegremente com regimes ditaturiais.
E ainda há quem julgue que este antro de hipócritas representa alguma espécie de legalidade internacional.
Em meu nome não!
posted by
Tomás at 12:30 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Dicionário Iluminados II
Letra B
Bacalhau: Com alho cheira a cona e foi disco de Platina. Uns dizem que
da Noruega é que é bom, outros que as suecas têm-no melhor. Quanto a
mim, isso não passa de um mito que interessa aos eurodeputados, exilados
das belas coxas e nádegas rosadinhas das portuguesas.
Bater: Em Portugal bate-se por tudo e por nada. Bate-se pela chuva, pelo
alcoól, pelo excesso de velocidade, pelo mau piso das estradas, pela
Pamela Anderson, pela Marisa Cruz, pela Claudia Mergulhão, pela Casa
Pia, mas atenção que isso pode dar prisão...
Beleza: Ou se tem ou não se tem. De quem não tem, normalmente diz-se que
a tem escondida, é a chamada beleza interior. Se pudéssemos
hipotecávamos a casa e os móveis por ela, ou então deixávamo-la a
apodrecer num armário enquanto nós continuavamos frescos e belos. Entre
a nossa fealdade e a beleza dos outros há um abismo que estupidamente
julgamos poder ultrapassar simplesmente comprando as coisas que eles
usam. Ser belo é quase um crime num país de gente feia.
Benfica: (aceitam-se propostas)
posted by
Tomás at 12:20 da manhã
|
|
|
|
|
|
|
|
wquinta-feira, maio 01, 2003 |
|
|
|
1º de Maio, dia do trabalhador e das mimosas amarelas nos pára-choques dos táxis.
Para mim que não sou trabalhador, logo não sou contemplado com um feriado, este dia é uma chatice.
Hoje corro o risco de, ao atravessar a estrada, mesmo que na passadeira habitual, ser atropelado por uma gigantesca manifestação vermelha de punhos no ar e botas de operário pisando os calos da minha indigência.
Hoje corro o risco de ser tratado por camarada pelo empregado do café que por ordem do partido, hoje e só hoje, deixará cair o "senhor" que me acenta tão bem.
Hoje - e não só hoje, infelizmente - sei que vou ver a minha leitura arruinada pelos gritos dos filhos daqueles fascistas que preferiram o café à manif. e o passeio em família ao convivio proletário com os colegas.
Hoje - ah, crasso dia! - arrisco-me verdadeiramente a ser abraçado com sentimento e sincera fraternidade reminiscente de 89 pelos meus "companheiros de armas" Carvalho da Silva, João proença e Torres Couto, dos quais tentarei em vão fugir gritando "Para isso já assinei, para isso já assinei."
E no meio disto tudo, comemorarei este dia do trabalhador à minha maneira, ou seja, não trabalhando.
posted by
Tomás at 2:56 da tarde
|
|
|
|
|
|
|
|
w |
|
|
|
Para a elaboração deste grandioso Dicionário Iluminados conto com a preciosa ajuda de
todos os Iluminados! Como tal, mãos à obra.
Dicionário Iluminados.
Letra A
Além: não existe. Local indefinido, mais ou menos situado na imaginação
mais ou menos fértil de alguns crentes desesperados, onde se misturam
deuses, gajas boas e vinho. Alguns juntam freiras, mas esses não contam
porque não têm piada nenhuma, e se lhe juntarmos 72 virgens temos um
bombista suicida.
Alá: não existe. Oriental síntese profiláctica de tudo o que acabamos de
dizer. Juntemos-lhe minaretes e fanáticos religiosos empoleirados aos
gritos e temos milhares de fieis virados para meca a rezar à canzana.
Ali Bábá: existe. Presidentes de Câmara, empreiteiros, ministros e
reitores de universidades constituem o seu bando.
Amigos: existem. Querem-se poucos e bons.
Amigas: existem. Querem-se muitas e boas.
Amor: existe. É, no entanto, frequentemente confundido com propriedade
individual (comunitária passa a orgia, mais de seis é bacanal).
Arte: tudo é "ârte". Fui ao WC de Serralves e caguei uma obra prima.
Assembleia da Republica: infelizmente existe. Jardim público onde velhos
ilustres dos 25 aos 80 se reúnem para jogar a bisca lambida da retórica
parlamentar. Destaca-se pela positiva uma deputada giraça do BE, e pela
negativa os mictórios dos senhores deputados.
Anestesia: em Portugal existem várias à disposição de todos. Serviço
Público de Televisão é a mais eficaz, seguido do Benfica-Sporting e das
bichas da segurança social. Também são extremamente eficazes os
discursos de sua Exca. o Presidente da República e os programas do
Herman José.
Antibiótico: poucos mas bons. geralmente na forma de livros, peças de
teatro e filmes (mais raros estes últimos), nunca na forma tão em voga
de exposições e turismo em autopullman. O futebol é um bom antibiótico
mas que apenas funciona em retardados mentais.
Astronautas: existem. o sonho de qualquer criança (ver também letra V,
para Vendedor de Gelados). Alguns hereges dizem que estes nunca pisaram
a lua. Eu acredito que sim, pois certa vez, em miudo, vi um calhau que
de lá trouxeram.
Anteontem: terça-feira, já não existe, correu bem apesar da chuva.
Algarve: existe. Praia que alugamos no verão a parentes civilizados das
lagostas em troca de subsídios para a agricultura, pescas e texteis, e a
quem compramos Porches, BMW's e Mercedes para percorrermos as nossas
autoestradas a 250 kmh, e desse modo não vermos as ruínas subsidiadas do
nosso país atlântico-meridional.
obra inacabada...
posted by
Tomás at 2:55 da tarde
|
|
|
|
|
|
|